ALEGORIAS EM TRISTURAS E MADRUGADAS.
Apesar das pragas e das maledicências,
os conflitos se impuseram invertidos dos previstos, mas exatamente por estes
desconformes e nas premências corretas, carecidos de serem grafados sobre as
desavenças ou as premonições suspeitas, nem os sustentos das crendices se ativeram
esclarecidos, portanto se pariram adjuntos e outras prerrogativas nos embalos. Nas
desventuras, por assim, sem solução acordadas, as rusgas sempre rebrotavam
daquelas iguais altercações impossíveis de se entenderem, nunca findas, antes
de primeiro se explicarem muito claramente as parábolas ou os danos. Amanhecendo,
seguiram os acontecidos mais bem ajustados e explicados para que não pairassem
dúvidas ou deméritos aonde os encapetados cínicos arrastando suas marcas desde
os aléns não deixariam, por atávicas desvirtuações, de engastalharem até os cafundós
das demências suas mãos encardidas e propósitos sórdidos. Na forra dos palpites
não se atinava mais se haveria razão de recontar, mesmo até porque os preceitos
e os provérbios não foram vistos com os mesmo olhos por todos nos sufocos das
discórdias entre os garridos enfeitiçados, que lambiam os sovacos do demônio e
os outros demais desprovidos de alento, que de deus assuavam cínicos as remelas
fingindo arrependimento.
Achegada a hora e a noite morrendo
por recato aos eternos, caberia começar a madrugada depois das sete derradeiras
estrelas chorarem, acabrunhadas, encantoadas em seus silêncios e por conta das
rotinas partirem sem arrependimentos ou rastros mantidos antes do sol ameaçar
espioná-las por trás das torres indiferentes da matriz beijadas pelos ventos e
pelas desventuras. Corriqueiras e desventuradas ventanias bordadeiras das
vidas, das discórdias e das intrigas tramavam as insídias a se assanharem para
o que viesse na trilha do sol. E nem se atinava nos preceitos, até por carência
sabida de falta de generosidades, arriscar as bateias no garimpo nas biscas das
loucuras ou dos inexplicáveis, começando tudo sempre igual e sem intimativas
postas como todos os dias eram. Os carrilhões atenderam recados engraçando
embalos coloridos para compartilharem aos fiéis seus achegos aos serviços em
tempo justo dos portais da catedral abertos, pois nos pêndulos das artimanhas
entre o fim da noite e parir do dia, as providências estimulariam os aninhos
das putas e dos proxenetas des-abnegarem escaldados das agruras.
Antes das luzes serem recolhidas, a
garoa choramingou nos ombros das mágoas, os pecados convertidos se persignaram
frente aos vitrais abençoados da matriz e os desatinos procuraram suas solidões
para se protegerem. Tudo isto se pôs em brios para a madrugada se fazer ativa
apesar dos contraditórios. E por justo dos caminhos as torpezas foram se escondendo
entre os dentes da boca da noite fechando e o ranço do trafego agitando a
tristeza de cada desgraçado portando suas desavenças com os destinos, destinos
que só os deuses e os demônios saberiam como os traçar.
Por solidão, o sol se apegou à rotina
e todo mundo obedeceu aos desmandos.
Ceflorence 23/01/17 email
cflorence.amabrasil@uol.com.br
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